Quilombos da Paraíba: compartilhando e vivenciando experiências - de Rosângela Paiva Santos (Fotógrafos de rua)

domingo, 13 de maio de 2012
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Eu (Rosângela) e Hélio, alunos do projeto Fotógrafos de rua, saímos da comunidade às 07h30min do sábado (12/05), pegamos um ônibus na BR até João Pessoa, onde nos encontramos com Marco Antônio que esperava na rodoviária para nos levar na Estação Ciência, onde está acontecendo a exposição: “Quilombos da Paraíba”. Ao chegarmos ali, fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo preocupada, pois era o espaço onde estava um pouco de nossa história e vidas que estavam sendo expostas para muitas pessoas de todo o mundo. O objetivo é mostrar o que queremos com aquela exposição, assim transmitir de forma clara as necessidades das comunidades e como estão hoje cada uma delas, o que mudou e o que ainda precisa ser mudado. Percebi que algumas pessoas não sabiam que na Paraíba contamos com 38 comunidades identificadas foi algo que veio confirmar minha preocupação, pois muitas pessoas apesar de estarem tão perto (das comunidades), acabam estando distantes (por desconhecimento); muitas outras olhavam as fotos com curiosidade, com vontade de conhecer como é a vida nesses lugares e começamos a interagir e colocar nossas experiências do cotidiano e, o quanto são significativos esses momentos de divulgação. Participar e contribuir para esse momento veio somar neste evento que o povo quilombola está vivo e quer continuar a viver. Mas não podemos deixar de reconhecer que tudo só está sendo possível graças à ajuda de pessoas que lutam e que nos orientam, enfim, nos mostraram que sonhar não é impossível e, esses sonhos, apesar dos problemas, estão sendo realizados.

foto de Hélio (Fotógrafos de rua)
Rosângela e Hélio indicando a sua posição na arvore genealógica













“Além do horizonte, existe um lugar (...)” de Marco Antônio Tessarotto

sábado, 5 de maio de 2012
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“Além do horizonte, existe um lugar (...)”.  Após a cerimônia oficial, a visitação a exposição "Quilombos da Paraíba" na qual também são protagonistas, os alunos vivenciaram um segundo momento: o encontro com o mar. Aquela linha misteriosa que se alarga no horizonte os encantou neste dia. O mar estava forte, de maré alta, recordando que naquela mesma noite tivemos o fenômeno da “super” Lua cheia. Mesmo diante das forças do mar, a mesma não assustou aqueles estreantes, mas propiciaram momentos de diversão, os tombos, piruetas e os sustos com as altas ondas eram motivos para diversas gargalhadas e pilhérias uns com os outros. Os demais que não adentraram ao mar por prudência ou respeito quanto a seus limites, o contemplava com um olhar de nostalgia, reflexivo, experimentando em suas mãos, uma água de coco, um picolé ou o famoso “cremosinho”. Esta experiência além de única trouxe aos alunos momentos de união e compartilhamento de vivências com outros jovens quilombolas, construindo novos laços de amizade e pertencimento, compartilhando problemas e desafios para o futuro. As únicas queixas que foram ouvidas davam conta do curto espaço de tempo em que tiveram contato com a água salgada, suas areias, ondas e calor, ficando para uma próxima oportunidade um gostinho de “bis”.






Descobertas e novos horizontes - de Marco Antônio Tessarotto

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Descobertas e novos horizontes. É com este título que iniciamos o relato de experiência vivenciado pelos alunos do projeto “Fotógrafos de Rua” nas comunidades quilombolas do Matão, Pedra D’Água e Grilo. Toda descoberta tem um início, trabalho este desempenhado pelo idealizador do projeto, Alberto Banal, quando há exatos dois meses e meio antes, entrou em contato com a Estação Ciências, Cultura e Artes no bairro de Altiplano em João Pessoa. Após reportar aos responsáveis pela coordenação e curadoria da Estação a experiência do projeto, algo que antes pertencia ao plano ideológico, uma exposição fotográfica com jovens quilombolas ganhou contornos reais e possíveis. O trabalho com os fotógrafos havia sido iniciado desde 2010 no Matão e no segundo semestre de 2011 nas comunidades do Grilo e de Pedra D’Água. Os alunos do projeto, um total de 52 adolescentes e jovens desde o início demonstraram dedicação e competência em seus trabalhos de campo nas comunidades envolvidas.A própria localização destas comunidades, o isolamento e as dificuldades do cotidiano representam e significam estas novas descobertas e horizontes que estes jovens passaram no último dia 5 de maio de 2012, na abertura da exposição “Quilombos da Paraíba”. O que para muitos representam rotina, viajar, conhecer novos lugares, ir à praia, um evento, etc, naquele sábado representou para os alunos um momento único, neste caso, inesquecível, memorável, pois a maioria deles jamais havia viajado para além de sua própria localidade e, ao chegar em João Pessoa se deparando com aquele monumento idealizado pelo arquiteto Oscar Niemayer deve ter sido a experiência, o momento subliminar que poucos obtêm na vida. Como narrador daquele momento podemos apenas descrever superficialmente aquele dia, não podendo ainda representar em palavras que naquela mesma exposição cada fotógrafo tinha uma imagem tirada por ele próprio. Neste ponto, as palavras se silenciam, mas as imagens falam, como aquelas do corte da fita de inauguração da exposição, como o próprio lema da exposição diz: “O povo quilombola está vivo! E quer viver!”













5 de maio de 2012: abertura da exposição QUILOMBOS DA PARAÍBA

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5 de maio de 2012: abertura da exposição QUILOMBOS DA PARAÍBA





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